Sobre Quino e Mafalda
Para quem não sabe as tirinhas que usei no meu blog, para representar alguns estereótipos dos signos, são de um cartunista argentino chamado Quino.
Quino nasceu em Mendonza em 1932 e é filho de imigrantes espanhóis.
Criou Mafalda em 1963, a pedido de uma agência de publicidades que estava desenvolvendo propaganda para uma empresa de eletrodomésticos. Os personagens pedidos pela agência teriam que usar em seus nomes a letra M (de Mansfield – a empresa de eletrodomésticos), daí veio o nome Mafalda. A agência não usou a criação de Quino.
Um ano mais tarde, em 29 de setembro de 1964, Mafalda começa a ser publicada semanalmente em uma revista chamada Primera Plana.
Mafalda foi criada em uma época de muito caos pelo mundo: crises entre EUA, URSS e China; Cuba e Fidel Castro; Guerra do Vietnã; Guerra dos seis dias entre Egito e Israel; assassinatos de Martin Luther King e Kennedy entre outras grandes confusões.
Na Argentina não era diferente: intermináveis golpes de estado que, logicamente, vinham acompanhados de todo o tipo de censura e repressão. O jornal para qual Quino escrevia foi fechado e Mafalda fica seis meses sem aparecer em 1967.
A economia era péssima e todo o povo passava por uma situação bem complicada.
Com toda essa bagunça pelo mundo não é de se estranhar que Mafalda era tão revoltada com as coisas.
Durante os quase 10 anos de publicações de Mafalda, Quino sempre dava um jeito de expressar toda a sua indignação diante de tamanha falta de humanidade que assolava o mundo.
Os assuntos abordados nas tiras eram dos mais variados desde o questionamento ao movimento hippie e a música dos Beatles, passando pela economia, sistema de ensino, valores familiares, TV até o medo do comunismo e da China. Hora ou outra, ele publicava uma tira mais leve, acho que talvez fosse para tentar descontrair um pouco...
Vale muito a pena descobrir Mafalda. É fácil de achar todas as tiras publicadas em um só livro...
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