domingo, 27 de março de 2011

Mais uma vez... O preconceito...

Fui procurar no dicionário a significado da palavra preconceito: conceito formado antecipadamente sem fundamento sério. Nas minhas palavras: formar uma opinião (ou conceito de quiserem) sobre algo que não se conhece, baseado apenas na aparência física ou informações equivocadas vindas de terceiros.
Realmente... O ser humano é cheio de qualidades maravilhosas. Sim ele é... Mas também é abarrotado de coisas ruins. Preconceito é uma delas.
É o fim do mundo julgar uma pessoa pela sua aparência. E tão pior é montar um conceito sobre alguém somente por conversas e fofocas sem procurar descobrir qual a verdade.
Não há nada mais vergonhoso do que ter aversão a uma situação ou a uma pessoa só pelo o que se acha do rosto, forma física, nível social, cor da pele, nível intelectual, modo de se vestir, de andar, de falar... Ou seja... À infinidade de características que o ser humano pode ter.
Sim, todos nós somos diferentes e, com certeza, achamos que a nossa verdade é sempre mais verdade que a do outro. Mas francamente, colocar a sua verdade acima da verdade do outro é demais para a minha cabeça.
É preciso aprender que todo mundo tem o direito de se expressar da maneira com a qual melhor se reconhecer e tem que ser respeitado por isso. Contanto que sua versão de ser não interfira com o direito de ir, vir e ser do próximo.
É incrível que isso ainda precise ser dito em 2011!
Tem momentos que eu paro para pensar e acho que a humanidade não aprende nunca.
Quem não sofreu com preconceito? Todo mundo já deve ter passado por uma situação assim... Fácil de lembrar né?
Agora... Quem ai já agiu de maneira preconceituosa?
Ah! Quero ver quem tem a coragem de dizer que sim!
Eu já sofri com preconceito... Sofro até hoje. Eu já fiz comentários preconceituosos, mas aprendi... Definitivamente aprendi. E, se eu que sou um homem normal, posso aprender com esse tipo de erro, todo mundo pode... Por que não aprendem?
Será que eu to exagerando? Ou será que as pessoas já aprenderam a respeitar a individualidade dos outros e eu só dou de cara com os que sobraram da velha guarda?
E qual é o motivo para ter preconceito?
Na minha cabeça, a única explicação razoável (se é que pode-se ser razoável com isso!) é medo.
É... As pessoas têm medo do que é diferente delas. A não ser aquelas que são doidas para conhecer situações diferentes. E o medo nunca é reconhecido, sempre achamos um milhão de razões para não admitirmos que certo tipo de comportamento nos causa uma sensação de insegurança sobre os conceitos que temos da vida.
Para vivermos bem, temos que ter raízes fortes que nos dão direcionamento para uma vida longa e cheia de dificuldades. Se essas raízes e suas crenças são abaladas por outras verdades, temos que achar uma maneira de reconstruí-las tentando agregar novas possibilidades... E isso dá trabalho... E precisa de coragem... Coragem que nem todo mundo vai ter, ainda mais se for uma idéia radicalmente contra o que lhe foi ensinado durante a sua estruturação psicológica na infância.
Na doutrina espírita dizem que até os sete anos de idade a criança ainda não se “enraizou” totalmente no corpo físico.
Na astrologia, o que faz as pessoas de mapas idênticos serem diferentes é o meio ambiente na qual ela cresce.
Valores familiares...
Lógico que toda a geração transforma e adapta a realidade para um novo ponto de vista, mas a influência dos pais nos conceitos é fundamental para o entendimento do que pode ou não ser um comportamento aceito.
“Meninos não choram”
“Meninas usam rosa e meninos, azul”
“Boneca é brinquedo de menina, carrinhos são de meninos!”
E vou parar por aqui e evitar pegar pesado. Mas pensem nos tipos de comentários preconceituosos que podem ser feitos à mesa de jantar sendo avidamente absorvidos por um ser que reproduz tudo o que os grandes donos da verdade (papai e mamãe) expressam.
Vou dar um exemplo mais pesado que eu presenciei... Durante o Apartheid, eu tinha meus 8 ou 9 anos talvez, ouvi uma frase assim:
“Deviam expulsar os negros da África, isso sim”
Graças aos céus, meus pais sempre foram contra o racismo e me ensinaram bem. Depois de ter ouvido essa frase lembro que minha mãe teve uma conversa comigo que e deixou bem claro como isso era nocivo.
Mas isso se deu por que ela era MINHA mãe, então eu entendi a verdade que me era passada pela fonte mais confiável que eu tinha. Fico pensando qual seria a verdade absorvida pelo filho ou filha da pessoa em questão.
Faz você pensar na sua responsabilidade pelos conceitos da próxima geração?
ÓTIMO! Pois pense bem e aja corretamente. 

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