Tudo que eu
desejo é viver em um país onde todos possam ter as mesmas oportunidades. Ou,
nem tanto as mesmas, por que realmente é uma utopia até para os países de
primeiro mundo, mas desejo um equilíbrio, mais condições similares de trabalho
e apoio, educação. Saúde.
Digo isso por
que esses últimos dias li coisas que me afetaram emocionalmente em vários
níveis e em várias etapas.
Primeiro achei
que era uma brincadeira, depois vi que eram comentários mais sinceros e isso me
preocupou. Expus minha visão e recebi em troca um link para a coluna do Juca
Kfouri. A leve preocupação se transformou em incredulidade e depois em raiva. E
essa perdurou por vários minutos.
Escrevi vários
textos furiosos, xingando, dizendo tudo que vinha à mente, mas nenhum deles me
agradou o suficiente para publicar no meu blog. Por que será?
Um dia eu li:
“agressividade sem raiva”. A emoção descontrolada gera perda do controle sobre
a racionalidade, o foco, o objetivo. Eu fiquei sem foco. Agora, devidamente
centrado, desejo expor minhas frustrações e idéias de maneira coerente.
Esse texto
sarcástico do senhor Juca K fazia claramente referência à atleta Fabiana Murer
e sua falha na prova eliminatória do salto com vara e o outro comentário que me
levou a ler a coluna do Juca, foi sobre o Cielo. Não gostei do que li. Não acho
justo esse tipo de pronunciamento, mas todos temos o direito de nos
expressarmos certo? Só não ache que você vai falar o que passa em sua mente e
não vai ouvir respostas adversas! Eu não tenho essa pretensão.
Acredito
piamente que “apoio” é estar sempre (não somente nos dias Olímpicos e os
outros anos só se falar de futebol) ao lado de quem escolhemos, não importa o
que aconteça. O texto e o comentário que li são uma demonstração de como
algumas pessoas ainda tendem a se comportar de maneira negativa diante de
situações complicadas. Apoiar nossos ídolos na derrota e na frustração é,
talvez, até mais importante do que quando estão ganhando. Dividir a glória é
muito fácil, mas assumir uma derrota é, pelo que vejo, praticamente impossível.
O técnico da
seleção brasileira de vôlei, Bernardinho, escreveu em um livro:
“O sucesso tem muitos
pais, mas o fracasso é quase órfão.”
Apoiar nos
momentos difíceis é o que cria o verdadeiro vínculo entre as pessoas, não
estamos mais na época de sermos estúpidos e autoritários diante de erros,
precisamos construir e não aumentarmos o caos.
E gostaria de
ver menos atenção para futebol e mais para os outros esportes.
Eu realmente não
preciso saber qual a cor da cueca da sorte do atacante do time da 3ª divisão do
campeonato do interior de Roraima, tão pouco qual foi o novo par de brincos que
um outro comprou, muito menos ficar elegendo qual é a melhor comemoração de
gol...
Quero ver
apoio, transmissões e reportagens decentes sobre natação, vôlei, tênis,
atletismo, judô, luta Greco-romana, arco e flecha, squash, ciclismo,
levantamento de peso, handball, basquete e tantos outros que se beneficiariam
muito de mais atenção.
Eu acredito em
apoio sincero.
Eu NÃO
acredito mais em broncas descabidas, atitudes humilhantes e textos sarcásticos.
Acredito nos atletas
brasileiros a todo o momento, mesmo que eles percam.
Sou fã incondicional
do Cielo e da Murer por que eles são, sim, vencedores! Chegaram onde chegaram
mesmo vivendo num país cheio de gente que não liga a mínima.
Coberto de razão. Completamente. Só queria que o panaca do JK tbm lesse e enfiasse a carapuça, se as orelhas deixarem.
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